Saiba como é feita a consulta vascular
Consulta Vascular
Assim como acontece com as doenças do coração, a história familiar e maus hábitos como tabagismo e sedentarismo são fatores importantes para o desenvolvimento de enfermidades vasculares originadas de distúrbios no sistema venoso e linfático.
Para prevenir doenças vasculares como aneurisma, trombose ou varizes, e diagnosticá-las a tempo de trata-las com eficácia, é extremamente importante acompanhar regularmente a saúde do seu sistema vascular.
Como? Através de consultas periódicas ao cirurgião vascular, médico responsável no diagnóstico e no tratamento de doenças e disfunções relacionadas ao sistema vascular.
Na consulta, o especialista vascular é responsável pelo do estudo, diagnóstico e tratamento clínico das doenças vasculares, entre elas o Acidente Vascular Cerebral (AVC), Tromboses, complicações das doenças das artérias (Arteriosclerose) e varizes.
Quando a consulta é necessária?
É importante ficar atento aos sintomas que possam indicar problemas no sistema vascular.
Caso tenha mais de um destes sintomas recorrentes, é recomendado que vá a um médico especialista vascular imediatamente.
- Claudicação intermitente.
- Dormência e fraqueza nas pernas.
- Feridas em seus dedos, pés ou pernas que não cicatrizam.
- Mudança na cor das pernas.
- Perda de cabelo e crescimento lento de pelos nas pernas e pés.
- Crescimento mais lento das unhas dos pés.
- Sem pulso ou pulso fraco nas pernas ou pés.
- Disfunção erétil em homens. Dor e inchaço nos membros.
- Alteração de temperatura.
- Formigamentos.
- Câimbras.
- Cansaço dos membros inferiores.
- Dificuldade para caminhar.
- Coceira.
- Veias azuladas ou arroxeadas.
- Queimação nas plantas dos pés e nas pernas.
Como a Consulta Vascular é feita?
Estar preparado para a consulta vascular pode facilitar o diagnóstico seguro e rápido.
Para o bate-papo com o especialista, faça uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram.
Além disso, casa haja, leve também seu histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade.
- Publicado em Braile Cardio
Eu preciso passar por um cardiologista antes de qualquer cirurgia?
Dra. Daniela Fontes Araújo – cardiologista da Braile Cardio.
Primeiramente, se você já passou por um procedimento cirúrgico, provavelmente já se deparou com uma lista de exames laboratoriais e com a solicitação, por parte do cirurgião, de uma avaliação cardiológica pré-operatória.
Mas, por que será tão importante esta avaliação e para quais tipos de pacientes ou cirurgias esta avaliação se torna necessária?
O sucesso de um procedimento cirúrgico depende não só da aptidão e da habilidade técnica do cirurgião como também do preparo prévio e dos cuidados no perioperatório.
Durante uma cirurgia, por mais simples que seja o nosso organismo fica exposto ao estresse cirúrgico e corre riscos de emergências cardiorrespiratórias. Portanto, quanto maior a complexidade do procedimento, maiores as chances de complicações.
Procedimentos Cirúrgicos
Basicamente, os procedimentos cirúrgicos podem ser divididos em:
Minimamente invasivos: endoscópicos, catarata, mama, cirurgias superficiais;
Moderadamente invasivos: ortopédicas, próstata, intra-abdominais, intra-torácicas, cirurgias endovasculares e de cabeça e pescoço;
Altamente invasivos: cirurgias vasculares (aórtica, grandes vasos e vascular periférica), além das cirurgias de urgência e emergência;
A estimativa é que 5% das cirurgias de maior porte apresentem algum tipo de intercorrência cardiovascular maior, incluindo arritmias, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.
Avaliação pré-operatória
A avaliação pré-operatória inicia-se pela anamnese e exame físico cuidadoso e orientado, avaliando entre outros pontos:
- história da doença atual e de seu tratamento;
- tolerância ao exercício;
- última visita ao clínico;
- medicações em uso e história de alergia.
- qualquer condição de doença crônica, particularmente os aspectos cardiovasculares, pulmonares, hepáticos, renais, endócrinos e neurológicos;
- a atenção redobrada em pessoas que apresentam maior vulnerabilidade, como hipertensos, diabéticos e idosos;
- antecedentes anestésicos e cirúrgicos (importando: complicações, dor, náuseas e vômitos, sangramentos, transfusão, febre, reações adversas, tempo de internação, terapia intensiva);
- sangramentos e cicatrização.
Exames laboratoriais
Quando necessário, são solicitados exames complementares, como por exemplo: eletrocardiograma, raio X tórax, ecocardiograma e/ou testes de esforço. Essa lista de exame é definida a partir de dados sugestivos encontrados na história e no exame físico e, também, na necessidade de monitorizar condições clínicas específicas que possam sofrer alterações durante as cirurgias ou procedimentos associados.
Portanto, a avaliação cardiológica inicial é importante ferramenta na avaliação pré-operatória. Ela estima, além do risco cardíaco, os riscos de complicações pulmonares, neurológicas e/ou infecciosas, determinando a capacidade funcional e definindo em conjunto com o cirurgião e o anestesista a melhor técnica cirúrgica e melhores circunstâncias para a realização da cirurgia (pós operatório em UTI, reajuste de medicamentos.
Além disso, outros efeitos da avaliação pré-operatória ambulatorial incluem:
- redução da permanência hospitalar;
- redução do período de internação pré-operatório;
- aumento do número de operações ambulatoriais, reduzindo assim em cerca de 30% o risco de suspensão da cirurgia por qualquer fator adverso no dia do procedimento.
Com tudo isso em dia, os cardiologistas, anestesistas e cirurgiões agradecem!
Fonte: Revista Saúde – São José do Rio Preto
- Publicado em Braile Cardio, Cardiologia