No Brasil, segundo informações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 60 milhões de pessoas, em média, têm colesterol alto.
Neste dia 8 de agosto, é celebrado em todo o Brasil o Dia Nacional do Combate ao Colesterol, data que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância de controlar o LDL, conhecido também como “colesterol ruim”, prevenindo assim o surgimento das doenças cardiovasculares, responsáveis, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) por 30% das mortes no mundo.
No Brasil, segundo informações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 60 milhões de pessoas, em média, têm colesterol alto, o que para entidade é considerado acima de um nível de 160 mg/dL, sendo recomendado, portanto, que os índices estejam entre 70 e 100 mg/dL.
O colesterol é um tipo de gordura essencial para diversas funções de nosso organismo. Presente em nossas células, ele também é fundamental na produção de vitaminas e hormônios e em sua maior parte, é produzido pelo nosso corpo. Entre os caminhos que nos levam a fazer parte desta estatística estão a má alimentação, falta de exercícios físicos e ausência da prática de exames de rotinas.
Por isso, a importância de controlar o excesso desta gordura, que quando não eliminada pelo fígado, contribui para entupir as artérias e formar placas de gorduras nas paredes dos vasos sanguíneos.
É importante lembrar também que nosso corpo produz o HDL, o “colesterol bom”, que este, por sua vez, contribui para a redução dos índices de colesterol que formam as placas de gordura.
Para estar em dia então com os índices desejáveis de colesterol, as principais recomendações são ficar de olho no peso e no índice de massa corporal (IMC), aferir com frequência a pressão arterial, não adotar hábitos como fumar e ter uma vida estressante e sempre que possível praticar exercícios físicos.
Garantir uma alimentação saudável e balanceada também é aposta ideal para viver em paz com o colesterol. Entre os alimentos que são os maiores vilões para o combate ao colesterol estão: derivados do leite, frios e embutidos, manteigas e gorduras hidrogenadas, carboidratos, carnes gordurosas, industrializados, ultraprocessados, frituras e bebidas alcóolicas.
Outra atenção indispensável é em relação às crianças. Muitos dos problemas cardiovasculares causados pelo colesterol já podem começar a surgir antes dos cinco anos conforme os hábitos alimentares dos pequenos.
O melhor caminho para evitar que isso aconteça está no hábito de vida. Medicamentos de controle do colesterol são apenas indicados para casos de alto risco, sendo o controle alimentar a principal arma nesta luta.
Hipercolesterolemia Familiar também exige atenção neste combate.
Apesar de todos os cuidados exigidos para se prevenir do colesterol alto, é preciso ficar de olho nos casos em que o aumento do índice deste tipo de gordura está condicionado à origem familiar.
Comum em nossa região pela grande incidência de famílias árabes, a hipercolesterolemia familiar afeta 1 em cada 250 pessoas no mundo e é responsável por até 10% dos casos de doenças cardiovasculares antes da idade avançada.
No Brasil, são 800 mil pessoas com o colesterol alto por fatores genéticos e grande parte dos envolvidos acabam não realizando o diagnóstico e fazendo o tratamento adequado.
Na maioria das vezes, a falta de atenção à hipercolesterolemia familiar pode levar a ataques cardíacos precoces ou à necessidade de procedimentos cardiovasculares, como as cirurgias de ponte de safena.
Existem, na literatura, dois tipos de hipercolesterolemia familiar: a homozigótica (menos comum; com índices de colesterol LDL acima de 500 mg/dL, os problemas cardiovasculares surgem já na infância) e a heterozigótica (mais comum; apenas um dos pais tem o gene defeituoso).
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia e Organização Mundial da Saúde